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Tudo o que você precisa saber sobre a tecnologia RFID

imagem ilustrativa sobre RFID
Tempo estimado de leitura: 07:57 minutos

Embora a tecnologia RFID esteja muito presente em nosso dia a dia, poucas pessoas a conhecem, de fato. Seja para passar direto pelo pedágio, controlar a jornada de funcionários ou passar pela catraca do ônibus, o RFID está presente cumprindo sua função principal de identificar, seja pessoas, animais, objetos, veículos etc.

Neste artigo você vai entender melhor o que é a tecnologia RFID, como ela funciona, suas especificidades e exemplos práticos de aplicação em negócios.

O que é a tecnologia RFID?

RFID é a sigla para Radio Frequency Identification, ou identificação por radiofrequência, em livre tradução. É uma tecnologia wireless que utiliza frequências de rádio de curto alcance para capturar dados. O objetivo do RFID é identificar ativos de forma geral, como pessoas, objetos, animais etc., e tem ampla utilização, principalmente nos segmentos de logística.

Como funciona a tecnologia RFID?

Um sistema RFID é composto basicamente por três itens principais: etiqueta, leitor e banco de dados. Vamos entender melhor:

a. Etiqueta RFID

Também chamado de transponder, identificador ou tag, é o dispositivo que contém a identificação do ativo monitorado (objeto, pessoa, animal etc.). Ele pode ter vários formatos, como tag, cartões, chaveiros, pulseiras, adesivos, entre outros. As etiquetas podem ser passivas, semipassivas ou ativas.

Etiquetas passivas – são as mais usadas, por serem mais simples, baratas e terem maior usabilidade. Elas não possuem bateria, por isso obtém energia das ondas eletromagnéticas emitidas pela antena do leitor. Desta forma, tornam-se inativas na ausência de um leitor e não podem iniciar nenhuma comunicação por conta própria.

Etiquetas ativas – são mais complexas e, consequentemente, mais caras. Possuem uma fonte de energia interna que além de alimentar seu circuito, permite que iniciem uma comunicação, sem a dependência da energia do leitor. Normalmente possuem maior capacidade de armazenar dados, memória para escrita e reescrita e ainda suportam dispositivos exteriores, como sensores.

Etiquetas semipassivas – são um meio-termo entre as passivas e as ativas. Apesar de possuírem bateria própria, ela só serve para alimentar os circuitos internos; desta forma, a etiqueta continua a depender do sinal do leitor para se comunicar.

b. Leitor RFID

Agora vamos falar do segundo componente de um sistema RFID. Conhecido também por reader ou transceiver, pode ser considerado o “cérebro” do sistema RFID. É ele o responsável por conectar os dados enviados pela etiqueta e validar com as informações de um banco de dados.

Toda essa comunicação entre etiqueta, leitor e banco de dados ocorre de forma automática, sem intervenção humana. Isso é possível porque o identificador e o leitor possuem pequenas antenas para comunicação e microchips para armazenamento de dados.

Parece confuso? Calma. É mais simples do que parece. Dispositivos usados para liberar a passagem pelos pedágios são um ótimo exemplo para entendermos melhor a tecnologia RFID.

Imagine que você está indo para a praia com sua família e se aproxima de um pedágio. A etiqueta RFID dentro do seu carro envia para o leitor instalado no pedágio um código identificando seu veículo. O leitor, por sua vez, recebe esses dados e puxa no banco de dados da empresa do dispositivo se seu carro está cadastrado e com o pagamento do serviço em dia. Tudo isso em menos de um décimo de segundo. Se estiver tudo certo, você tem autorização para passar, a cancela se abre como mágica e você segue viagem rumo ao mar.

Ficou mais claro agora?

Mas nem só para passar livremente pelas estradas da vida serve a tecnologia RFID. Suas possibilidades de utilização são bem amplas, desde o simples registro de bens físicos até o rastreamento de cargas e veículos.

Antes de falarmos das possibilidades de aplicação da tecnologia RFID é importante entender que existem diferentes faixas de frequência, que variam em banda, alcance e velocidade na transmissão das informações, o que impacta diretamente na aplicação escolhida. Conheça as quatro faixas diferentes.

Frequências das etiquetas RFID

LF (low frequency) – As etiquetas desta faixa de frequência operam em 125 kHz ou 134,2 kHz e possuem alcance de até 50 cm. Normalmente são utilizadas por etiquetas passivas, sendo muito utilizada na identificação de pessoas, animais (os “brincos” do gado), no controle da jornada do motorista, entre outros.

HF (high frequency) – Operam em 13,56 MHz e possuem alcance um pouco maior que as LF, podendo chegar até 1 metro, aproximadamente. Normalmente são passivas e muito utilizadas no nosso dia a dia. Podem ser usadas em cartões para identificação do funcionário e controle da jornada de trabalho, como meio de pagamento no transporte público, e até para identificar objetos em sistemas antifurto e em controle de estoque.

UHF- (ultra-high frequency): Nesta faixa, as etiquetas normalmente são ativas e podem variar de 300 MHz até 1 GHz e alcançar até 12 metros. São muito utilizadas para rastreamento e monitoramento de ativos, como cargas, containers, vagões, entre outros, e para controle de estoque e inventários.

Micro-ondas: As etiquetas RFID atuam em duas frequências 2,45 GHz e 5,8 GHz e tem grande alcance, acima de 10 metros. No Brasil, sua principal aplicação é na identificação veicular para pedágios.

Aplicações da tecnologia RFID

Conta-se que a primeira grande utilização da tecnologia RFID foi durante a segunda guerra mundial quando as forças britânicas utilizaram para identificar amigos e inimigos, respondendo ou não aos pedidos de identificação por meio de ondas de rádio.

Hoje, sua utilização está presente no nosso dia a dia, seja para controle de acesso a condomínios, áreas restritas, veículos; para pagar a tarifa de ônibus; marcar registro ponto, entre outras. Confira as principais aplicações:

Logística

Com as etiquetas RFID é possível rastrear praticamente qualquer coisa, por isso é muito utilizada em logística para acompanhar o trajeto de cargas (incluindo as vivas), contêineres, vagões de trem, embarcações etc.

É possível, ainda, aliar o RFID a outros sensores por meio de um Hub 1-Wire, que permite o cruzamento de informações de identificação, temperatura, umidade, entre outras relevantes para a gestão logística.

No caso deste tipo de aplicação é importante que o gestor tenha acesso remoto em tempo real dos ativos monitorados. Normalmente essa comunicação ocorre via sinal de celular (GPRS) ou via satélite, em locais mais afastados.

pessoa fazendo leitura de caixa por RFID

Controle de estoque

Outra funcionalidade do sistema RFID é para controle de estoque e patrimônio, substituindo os códigos de barra tradicionais.

Um exemplo são as prateleiras inteligentes que atualiza o estoque imediatamente, assim que um produto é comprado. Este sistema pode ainda verificar dados como: data de validade, tempo fora da refrigeração e número de lote de seus produtos, facilitando a identificação rápida de produtos que estejam fora das condições de consumo e que precisam ser removidos das prateleiras.

Pagamentos

Um exemplo simples de pagamento por RFID é em ônibus municipais. O usuário efetua uma recarga no cartão e ao passar pela catraca o valor da passagem é debitado automaticamente. O mesmo acontece nos pedágios, a exemplo do Sem Parar, como falamos anteriormente.

Mas a tendência é que os pagamentos por RFID comecem a ser utilizados com mais frequência no dia a dia, vinculados a uma conta ou cartão de crédito. Aliás, já existe no mercado cartões que funcionam por proximidade, dispensando a necessidade de senha.

Smartphones mais modernos já contam com essa funcionalidade também, permitindo que o usuário crie uma carteira virtual e faça o pagamento apenas por aproximação do celular com uma maquininha de cartão, por exemplo, substituindo o uso do cartão.

Controle de acesso

Access ID - leitor RFID da Effortech

Sabe quando você chega em prédio comercial e precisa fazer um cadastro para receber um cartão que libera a catraca eletrônica? É tecnologia RFID. O mesmo acontece com empresas que possuem áreas restritas ou confidenciais. Neste caso, somente as pessoas autorizadas podem acessá-las, utilizando um cartão RFID, por exemplo. É possível também controlar a entrada e saída de produtos, materiais, pesquisas entre outros, desde que possuam uma etiqueta RFID.

Controle da jornada de trabalho

O cartão usado para registrar o ponto de colaboradores também usa tecnologia RFID. Por meio da aproximação, o cartão informa a identidade do funcionário e o hardware vincula o número do cartão ao horário registrado.

Uma função semelhante é aplicada ao controle da jornada de motoristas, que a partir da Lei do Motorista (13.103/2015) passou a ser de obrigação da empresa contratante. Neste caso, o hardware fica dentro do veículo e, além de registrar horários, pode ser conectado a outras funções, como a ignição do veículo ou a bloqueadores elétricos. Desta forma, pode-se condicionar o ligamento do veículo à identidade do condutor, por exemplo.

O Access ID da Effortech, por exemplo, pode ser usado dentro de qualquer veículo, como caminhões, máquinas agrícolas e maquinários que necessitem de um operados, como empilhadeiras, por exemplo, permitindo tanto a função de controle da jornada, quanto de controle de acesso.


E aí o que achou das possibilidades da tecnologia RFID? Tem algum negócio ou projeto em que queira aplicar essa tecnologia? Fale agora com um consultor Effortech e veja como podemos ajudar a colocar em prática sua solução.