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Telemetria via satélite: 5 cases de sucesso

Tempo estimado de leitura: 07:57 minutos

A comunicação via satélite é imprescindível para negócios que precisam monitorar à distância ativos em áreas remotas, onde outros tipos de comunicação, como GPRS ou rádio não alcançam. 

Utilizando satélites é possível monitorar em tempo real, de qualquer lugar do mundo, o que você imaginar: maquinários e equipamentos, veículos, cargas, pessoas, animais e até dados meteorológicos. As aplicações da telemetria via satélite são tão abrangentes que é até difícil imaginar algo que não possa ser monitorado. Entre os principais negócios que fazem uso dessa tecnologia, podemos destacar:

  1. Empresas de logística de todos os modais (rodoviário, marítimo, náutico, ferroviário ou aeroviário)
  2. Prestadores de serviços de telemetria, rastreamento e monitoramento de ativos
  3. Negócios que utilizam soluções de IoT (Internet das Coisas), como a Indústria 4.0, Agricultura 4.0, Logística 4.0, automação residencial, soluções Healthcare, entre outros. 
  4. Gerenciadoras de risco
  5. Mineradoras
  6. Empresas de serviços públicos e utilities
  7. Governos
  8. Defesa e Segurança

Confira agora cinco cases de sucesso que atendem a diferentes necessidades, em diferentes locais do mundo, com um único e importante fator comum: a comunicação via satélite.

1. Meteorologia: Vidas salvas no Reino do Butão

O Reino do Butão, localizado no leste do Himalaia, é conhecido como o país da felicidade, mas infelizmente tem sofrido constantemente com inundações e deslizamentos de terras pelo derretimento das geleiras, fato impulsionado pelo aquecimento global.

Quando há um degelo além do normal nas montanhas, a água desce com força até romper as barreiras naturais congeladas. Esse fenômeno é chamado de enchentes-relâmpago de origem glacial (Glof, na sigla em inglês) e é considerado como um ‘tsunami’ nas montanhas.

Esses deslizamentos fortes e repentinos causam extremos prejuízos ao país, danificam estradas, isolam comunidades e podem impedir que comida e combustível cheguem aos cidadãos. O pior desastre registado foi em 1994, quando uma torrente de lama vinda das montanhas matou 22 pessoas, destruiu vilas inteiras e afetou pelo menos 600 pessoas. 

A fim de minimizar os impactos dos alagamentos, o governo do Butão passou a utilizar um sistema de alerta que permite aos habitantes a evacuação das zonas de risco com antecedência e segurança.

Utilizando a comunicação satelital, passou a ser possível antecipar o perigo dos deslizamentos e enviar alertas de sirenes à população local. Além disso, o sistema agora envia dados e diagnósticos de manutenção de estações, conferindo mais segurança aos moradores da região.

A grande vantagem dos satélites nesse caso é que, mesmo que a infraestrutura de sinal de celular seja totalmente destruída, em um desastre a comunicação via satélite não é afetada, garantindo uma comunicação ininterrupta. 

2. Energia: Telemedição e controle de religadores remotamente

Imagem: CEMIG

As companhias de energia precisam mensalmente fazer a medição de consumo dos usuários. Até aí, nenhuma novidade. O problema é quando essa medição precisa ser feita em áreas muito afastadas das cidades, sendo necessário deslocar uma equipe técnica, gerando gastos de tempo e de recursos humanos. Após muitos investimentos em tecnologia, foi implantada a telemedição, permitindo fazer essa medição remotamente. Contudo, outro problema surgiu: Como fazer nas regiões em que não há cobertura de celular (GPRS) ou rádio? Foi então que entrou em cena a comunicação via satélite.

Dentre as empresas de energia que começaram o uso de comunicação satelital está a brasileira CEMIG (Companhia Energética de Minas Gerais), que atende cerca de 30 milhões de pessoas em 805 municípios em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Agora, as telemedições podem ser feitas remotamente até nos lugares mais longínquos.

Além da telemedição via satélite, a CEMIG passou a utilizar a tecnologia com o objetivo de melhorar seus índices de Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC) em áreas remotas de Minas Gerais, ou seja: retomar uma queda de energia o mais rapidamente possível em regiões afastadas da cidade.

Da mesma forma do que ocorria com as medições, muitas vezes, era necessário enviar uma equipe para operar os religadores manualmente (dispositivos utilizados em sistemas elétricos com a função de proteger a rede contra problemas transitórios), o que levava muito tempo. Além disso, com a falta de conectividade nessas localidades, a comunicação das equipes técnicas com o Centro de Operações da companhia era bem mais difícil e complicada, já que não era possível enviar comandos remotos para os religadores automatizados em campo.

Utilizando uma solução com comunicação via satélite, foi possível controlar remotamente os religadores. Agora, os equipamentos de campo da distribuidora mineira enviam e recebem dados, independentemente de sua localização, o que garante que eles sempre permaneçam conectados, mesmo em condições climáticas adversas.

Essa medida fez com que a CEMIG chegasse a 98% de disponibilidade efetiva de controle remoto sobre seus religadores. Após iniciar com 150 religadores, a concessionária planeja instalar 760 outros terminais via satélite, que serão usados em suas redes de distribuição e subestações.

3. Aéreo: Mais segurança nos céus do Alasca

O Alasca é um lugar muito particular, se comparado a outras regiões do mundo. Lá, praticamente tudo precisa ser transportado por aeronaves e estima-se que metade da população adulta seja piloto de avião. E não basta apenas saber levantar voo, é preciso saber pilotar em condições meteorológicas extremas, o que torna a atividade um tanto arriscada.

Neste contexto, o DOI – Departamento do Interior dos Estados Unidos (United States Department of the Interior, em inglês) implementou uma alteração de contrato que exigia que todos os operadores de aeronaves no Alasca transportando funcionários do DOI (e, em alguns casos, carga), tivessem um sistema operacional de rastreamento de aeronaves por satélite a bordo. 

A alteração do contrato tinha vários requisitos funcionais que precisavam ser atendidos, como utilizar satélites Iridium e ter um dispositivo capaz de reportar dados em intervalos de 2 minutos, alimentado pelo próprio sistema elétrico da aeronave. Também precisava ser montado com segurança, de forma que o piloto pudesse alcançar o teclado e verificar o sistema operacional antes de decolar.

Desta forma, cumprindo todos os requisitos, foram instalados dispositivos com comunicação via satélite. Agora é possível fornecer aos operadores do DOI acompanhamento automático de voo, com informações de localização, velocidade, altitude e direção da rede GPS, geofencing, mensagens de texto bidirecional, e-mails e recursos de confirmação. Também é possível que os pilotos ativem manualmente alertas SOS em caso de acidente ou que o sistema gere alertas automaticamente.

Neste caso, a comunicação via satélite conferiu uma solução confiável, econômica e portátil de rastreamento, trazendo muito mais segurança aos funcionários do DOI e, claro, aos céus do Alasca.

4. Rodoviário: Controle total do transporte internacional de cargas na Argentina

Para controlar a entrada e saída de cargas que não podem permanecer em solo argentino, como um caminhão que saiu do Uruguai com destino ao Chile, por exemplo, o governo da Argentina aderiu ao rastreamento via satélite de caminhões que entram em suas fronteiras. O departamento aduaneiro da argentina precisava ter certeza de que essas cargas haviam entrado e saído do país sem serem violadas.

 A partir de poderosos e pequenos lacres eletrônicos conectados à comunicação via satélite, agora as mercadorias são rastreadas em todo o percurso em tempo real. Se houver uma tentativa de rompimento do lacre é enviado um alerta imediato à aduaneira. 

Por utilizar os satélites de baixa órbita da Iridium, a comunicação é contínua, independentemente da localização, intempéries climáticas ou da falta de sinal de celular, conferindo total segurança ao governo argentino.

5. Marítimo: Monitoramento da pesca comercial na Albânia

O pequeno país Albânia, localizado na Península dos Bálcãs, no sudeste da Europa, possui um belo litoral – que, aliás, de uns anos para cá, tem virado destino de turistas de todo o mundo – e conta com a pesca como uma de suas atividades econômicas

Seu governo precisava de um sistema eletrônico confiável para monitorar as mais de 200 embarcações de pesca comercial nas águas do país. O objetivo era obter informações precisas e analisar se as embarcações estavam em conformidade com as políticas marítimas da União Europeia (UE).

A solução encontrada foi o monitoramento via comunicação satelital das embarcações. Desta forma, o governo albanês passou a ter acesso a todos os navios de pesca, de qualquer lugar, em tempo real, recebendo relatórios precisos e confiáveis.

A alta qualidade de rede e a baixa latência dos satélites Iridium fornecem uma solução de monitoramento robusta e confiável com cobertura consistente em todas as águas navegáveis ​​do mundo.


E aí, o que achou dessas aplicações?

Neste artigo separamos cinco cases de sucesso de diversas partes do mundo e em aplicações distintas para mostrar a versatilidade da telemetria aliada à comunicação via satélite. Por isso, se você precisa rastrear remotamente algum ativo, pode ter certeza, é possível fazer!

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