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Como funciona a comunicação via satélite?

comunicação via satélite
Tempo estimado de leitura: 04:23 minutos

O final dos anos 1950 e início da década de 1960 foram marcados pelo desbravamento dos satélites no espaço. O primeiro satélite artificial, o famoso Sputnik 1, foi lançado em 1957 e abriu caminho para os próximos que o seguiram nos anos seguintes.

Hoje, milhares de satélites artificiais ativos orbitam a Terra, e a tendência é que esse número aumente exponencialmente nos próximos anos.

Em 2019, por exemplo, a empresa de sistemas aeroespaciais e de serviços de transporte espacial SpaceX obteve autorização inicial para lançar até 30 mil satélites, a fim de levar conexão de alta velocidade ao redor do mundo. Em 2024, já são mais de 5.900 satélites enviados ao espaço pela empresa, que planeja lançar mais de 40 mil deles.

A comunicação via satélite, literalmente, está passando por cima de nossas cabeças e deve revolucionar o mercado das telecomunicações. Com a demanda crescente por conectividade de alta velocidade em áreas remotas e rurais, as empresas estão desenvolvendo tecnologias que viabilizam aplicações em diferentes operações e negócios.

Acompanhe a leitura e entenda como funciona a comunicação via satélite.

O que é um satélite?

Um satélite é definido como um corpo físico que gira em torno de um grande objeto no espaço, podendo ser natural (como a Lua, por exemplo), ou artificial, que são os enviados pelo homem ao espaço. Existem satélites com diversas funções, como meteorológico, militar, pesquisa, navegação e de comunicação, que estamos enfocando neste artigo.

Os satélites ficam em órbitas ao redor da Terra e, com base em sua órbita e altitude, podem ser categorizados entre Satélites Geoestacionários (GEO – Geosynchronous Earth Orbit) e Satélites Não-Geoestacionários (não-GEO).

Os Satélites Geoestacionários ficam estáticos sobre o plano equatorial da Terra a cerca de 36 mil quilômetros em relação ao nível do mar. São usados normalmente para serviços de televisão e internet via satélite.

Já os Satélites Não-Gestacionários ficam em movimento constante ao longo da órbita da Terra e operam mais próximos da Terra (com altitudes variando entre 500 Km até 36 mil Km de altura). São recomendados para aplicações em IoT (Internet das Coisas).

Há um aumento significativo no interesse e investimento em constelações de satélites de órbita baixa (LEO). Esses satélites oferecem menor latência e maior largura de banda em comparação com os satélites de órbita geoestacionária tradicionais.

Como funciona a comunicação via satélite?

De forma geral, a comunicação via satélite é responsável pela distribuição de informações (dados, voz e vídeo) para todo o mundo via ondas eletromagnéticas. Mas vamos olhar com mais calma.

Todo processo de comunicação envolve sempre um emissor, um receptor e um canal por onde a mensagem é enviada. No sistema de comunicação via satélite não é diferente. O satélite atua como um canal de comunicação entre um dispositivo transmissor e outro receptor. As informações (dados, voz e vídeo) são transmitidas via ondas eletromagnéticas de um dispositivo ao outro, podendo a comunicação ser unidirecional ou bidirecional.

Comunicação unidirecional

Seguindo o exemplo da imagem acima, em um serviço unidirecional, também conhecido por simplex, o dispositivo A age somente como transmissor e o dispositivo B somente como receptor, ou seja, é possível apenas o envio de dados por uma parte. Exemplos de aplicação da comunicação simplex são o rastreamento de ativos via GPS e as rádios e TVS via satélite. Em todos esses casos, apenas o emissor envia a mensagem.

Comunicação bidirecional

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Em um serviço bidirecional, ou duplex, tanto o dispositivo A quanto o dispositivo B podem enviar e receber dados um do outro. Esse processo de comunicação é mais completo e viabiliza várias aplicações de IoT, onde se é necessário não apenas monitorar, mas também controlar remotamente um dispositivo ou ativo em questão. Este tipo de serviço é recomendado para rastreamento e monitoramento de ativos, pois permite recursos como a confirmação de recebimento dos dados enviados, envio de comandos via satélite ao dispositivo, possibilitando uma comunicação plena e de fato confiável.

Comunicação via satélite aplicada aos negócios

Avanços em tecnologia estão tornando os satélites mais acessíveis e fáceis de lançar. Empresas estão aproveitando isso para implantar constelações de mini e nano satélites para uma variedade de aplicações de comunicação.

Negócios que atuam em áreas remotas, onde a qualidade do sinal GRPS é baixa, podem encontrar na comunicação via satélite um grande aliado, já que permite uma comunicação ininterrupta de qualquer lugar do planeta. Alguns exemplos de segmentos mais beneficiados com essa tecnologia são: Logística (multimodal), Telemetria, Indústria 4.0, Agricultura 4.0, Gestão de Frotas, entre outros.

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